Meio Ambiente

  • Autor: Vários
  • Narrador: Vários
  • Editora: Podcast
  • Duração: 6:27:21
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Sinopse

Entrevistas sobre todos os temas relacionados ao meio ambiente. Análises sobre os principais desafios no combate ao aquecimento global, à poluição. Iniciativas para proteção dos ecossistemas e reflexão sobre políticas de prevenção de catástrofes naturais e industriais.

Episódios

  • Mais áreas verdes e menos barulho de trânsito evitariam milhares de mortes por ano, diz estudo francês

    12/12/2024 Duração: 10min

    Saúde e meio ambiente estão diretamente ligados. Medidas de urbanismo que contribuem para a preservação do planeta também salvam vidas, mostra um estudo francês. O aumento das áreas verdes, a diminuição da poluição atmosférica e do barulho dos transportes e o estímulo à mobilidade ativa são algumas das iniciativas que impactam na taxa de mortalidade de uma cidade, indica o relatório da Agência de Saúde Pública da França. Lúcia Müzell, da RFI em ParisA expansão das áreas verdes gera um efeito cascata em favor da saúde física e mental dos habitantes, constata a pesquisa, que fez estimativas para três metrópoles do país, de diferentes tamanhos: Rouen, com 481 mil habitantes, Montpellier, com 492 mil, e Lille, onde moram 1,17 milhões de pessoas."Os estudos mostram que quanto mais tem vegetação numa cidade, qualquer que seja ela, inclusive só mais arvores ao longo de uma rua, mais o risco de mortalidade diminui para as pessoas que moram nesta zona. São vários benefícios, mas para começar, a vegetação diminui a exp

  • Conferência sobre Desertificação evidencia riscos para a Caatinga brasileira

    05/12/2024 Duração: 21min

    Com menos repercussão que as conferências internacionais sobre clima ou a biodiversidade, a 16ª COP da Desertificação fecha o ciclo dos grandes encontros ambientais das Nações Unidas em 2024. O evento em Riad, na Arábia Saudita, desloca as atenções para os lugares mais impactados por um clima cada vez mais quente e seco. No Brasil, o semiárido da Caatinga é a região mais sujeita a um processo irreversível de degradação. Lúcia Müzell, da RFI em Paris"Toda a área na Caatinga está na área mais suscetível à desertificação. O aquecimento global e as mudanças climáticas fazem o ambiente perder umidade. Temos um solo sem vegetação, com sol e uma temperatura muito intensa, e sem disponibilidade de água. Ali é um ambiente muito oportuno para a degradação da terra e, por consequência, de desertificação”, explicou Alexandre Pires, diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente do Brasil.O desmatamento das florestas, as queimadas e uso ineficiente da água na produção agrícola aceleram

  • Primeiro tratado global contra poluição plástica sofre pressões do ‘bloco do petróleo’ e indústria

    28/11/2024 Duração: 20min

    As negociações para o primeiro Tratado Global contra a Poluição por Plásticos entram na fase decisiva – até domingo (1o), os 175 países reunidos em Busan, na Coreia do Sul, deverão chegar a um consenso sobre o texto negociado na ONU há dois anos. O chamado bloco do petróleo, liderado pela Arábia Saudita, faz pressão para que qualquer menção sobre a redução da produção dos plásticos não faça parte do acordo. O derivado do petróleo se tornou onipresente na vida moderna, ao ponto que hoje é encontrado até na corrente sanguínea de seres humanos e animais. Na natureza, os microplásticos – as menores partículas em que eles podem ser produzidos ou transformados, inferiores a 5 milímetros – poluem o meio ambiente e causam danos à saúde dos seres vivos.O tratado incluirá todo o ciclo de vida do produto e será o primeiro juridicamente vinculante sobre o tema – ou seja, os países signatários terão a obrigação de adotá-lo."Chegamos à metade da negociação com um tratado inteiro ainda para ser consensuado. Acho que não est

  • Tirar os lobistas resolveria? Quais as pistas para as Conferências do Clima darem mais resultados

    20/11/2024 Duração: 21min

    A cada Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, as COPs do Clima, os bloqueios nas negociações se eternizam e os resultados parecem nunca estar à altura do desafio. Enquanto a COP29 acontece em Baku, no Azerbaijão, um respeitado grupo de cientistas e pensadores entregou às Nações Unidas sugestões para melhorar a eficiência do evento. Lúcia Müzell, da RFI em ParisJá faz mais de três décadas que os representantes dos países reúnem-se para debater os impactos do problema e buscar soluções conjuntas para enfrentá-lo. Ao longo dos anos, na medida em que as alterações do clima se tornaram mais claras, o evento virou parada obrigatória de dezenas de milhares de participantes – muitos deles apenas interessados em afundar o acordo em discussão."Em 2024, a tarefa é inequívoca: as emissões globais de gases de efeito estufa devem ser reduzidas em 4 bilhões de toneladas. 28 COPs nos entregaram a estrutura de política para atingir isso. No entanto, sua estrutura atual simplesmente não pode entregar a mudança em vel

  • Volta de Trump leva onda de pessimismo à Conferência do Clima do Azerbaijão e à COP30 de Belém

    07/11/2024 Duração: 24min

    A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) se inicia na segunda-feira (11), em Baku (Azerbaijão) sob a sombra de um novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos. O pessimismo gerado pela notícia deixa ainda mais distante o principal objetivo da cúpula: chegar a uma nova meta de financiamento para os países em desenvolvimento conseguirem enfrentar e se adaptar à crise climática. Lúcia Müzell, da RFI em ParisDurante a campanha, Trump prometeu não apenas que voltaria a retirar o país do Acordo de Paris sobre o Clima, como também sairia do organismo da ONU que promove essas negociações internacionais, a UNFCCC, e não cumpriria outros tratados ambientais. Assim, até os repasses americanos para o Fundo Amazônia podem estar ameaçados, ressalta Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, que reúne cerca de 100 organizações socioambientais brasileiras. "Impacta muito nas negociações, porque os Estados Unidos são os maiores poluidores históricos do planeta, são os que

  • Como a COP16 da Biodiversidade busca compensar a ‘biopirataria digital’

    31/10/2024 Duração: 06min

    A 16ª Conferência da ONU sobre a Diversidade Biológica se encaminha para o fim nesta sexta-feira (1º) em Cali, na Colômbia, com um impasse sobre a delicada questão da repartição dos benefícios genéticos da natureza. Os países megadiversos, como o Brasil, insistem para a criação de mecanismos justos de compensação pelo uso desses recursos naturais – com os quais multinacionais agroalimentares, farmacêuticas ou cosméticas fazem fortunas, principalmente nos países desenvolvidos. Lúcia Müzell, da RFI em ParisA solução não poderia ser simples para um problema que, com o avanço das tecnologias, se tornou ainda mais complexo. O sequenciamento genético digital (DSI, na sigla em inglês) de plantas, animais e microrganismos, postos à disposição da comunidade científica, agora dispensa que eles sejam extraídos diretamente da natureza para serem utilizados pelas diferentes indústrias e pela academia, em pesquisas científicas.“Se, antes, existia a prática de biopirataria de ir a um país como o Brasil e pegar uma determina

  • Recursos genéticos e financiamento de acordo histórico são foco da COP16 da Biodiversidade

    17/10/2024 Duração: 24min

    Setenta por cento dos ecossistemas do planeta já estão degradados, o que ameaça a sobrevivência de 1 milhão de espécies. Para reverter essa tendência, representantes de 196 países voltam a se reunir para negociar a implementação do histórico Marco Global da Biodiversidade, aprovado há dois anos. Lúcia Müzell, da RFI em ParisA 16ª Conferência da Biodiversidade da ONU acontece em Cali, na Colômbia, a partir de segunda-feira (21), durante duas semanas. Será a primeira reunião de cúpula desde a assinatura do tratado, que estabeleceu 23 objetivos a serem cumpridos até 2030 para o mundo reverter a perda da natureza, ameaçada pelo aquecimento global, a poluição, a agricultura e a pesca intensivas e outras intervenções humanas. Neste prazo, os países concordaram em proteger no mínimo 30% dos seus territórios.“Alguns países têm muita biodiversidade e outros têm pouquíssima. Isso dá um sabor diferente aos trabalhos da convenção, porque se você cria metas de conservação muito ambiciosas, quem vai ter que arcar são os pa

  • Desequilíbrios na Antártida impactam no clima e ameaçam biodiversidade marinha até no Brasil

    10/10/2024 Duração: 14min

    A notícia de que a cobertura vegetal do continente antártico se acelerou a um ritmo surpreendente nas últimas décadas chama a atenção para os desequilíbrios em curso no polo sul, até então mais poupado das mudanças climáticas. O que acontece na Antártida, entretanto, tem consequências em todo o planeta – em especial para a regulação do clima e a preservação da biodiversidade marinha. Lúcia Müzell, da RFI em ParisImagens de satélite do continente gelado indicam que as superfícies rochosas da península antártica, ao norte, se tornaram 14 vezes mais verdes nos últimos 35 anos, graças à multiplicação de musgos e líquens, tipos de fungos vegetais. A ampliação das áreas verdes é um símbolo do aquecimento da temperatura na região, nos últimos 60 anos.Nas zonas mais expostas, a alta da temperatura pode atingir 0,34°C por década até o fim deste século. As conclusões dos cientistas da Universidade de Exeter foram publicadas na revista científica britânica Nature Geoscience.A proteção da "Amazônia branca", como apelidou

  • Como o Reino Unido conseguiu ser o primeiro país desenvolvido a se livrar da energia a carvão

    03/10/2024 Duração: 14min

    O Reino Unido se tornou o primeiro entre os países desenvolvidos a se livrar da energia a carvão – um marco na virada das fontes fósseis, ponto de partida da era industrial moderna, para as energias renováveis, que limitam o aquecimento do planeta. Lúcia Müzell, da RFI em ParisA poucos dias do fechamento da última usina da Inglaterra, o engenheiro ferroviário Ray State se recorda que o sonho de qualquer um na região de Nottingham era ter uma oportunidade de trabalhar no local. A central de Ratcliffe-on-Soar fornecia energia para os britânicos havia quase 60 anos.“Era chamado de 'rei carvão'. A nossa revolução industrial foi baseada no carvão”, contou ele à reportagem RFI. "A nossa luz, as nossas indústrias, tudo funcionava a carvão."A primeira termelétrica do mundo foi aberta em Londres por Thomas Edison, o inventor da lâmpada, em 1882. Agora, o país inova mais uma vez ao ser pioneiro no fim da energia mais poluente.State, hoje aposentado, era um dos responsáveis pelo transporte do carvão até Ratcliffe, inaug

  • ‘Relevância’ de minerais do fundo mar para a transição será decidida pelos países, diz brasileira na ONU

    26/09/2024 Duração: 20min

    A diplomata brasileira Letícia Carvalho, eleita em agosto secretária-executiva da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA), braço das Nações Unidas sobre o tema, tem à frente um desafio histórico: obter consenso dos países membros para a definição de um código da mineração no fundo do mar, já no seu primeiro ano de mandato, em 2025. Lúcia Müzell, da RFI em ParisO documento deve regulamentar as regras do jogo para a eventual exploração comercial dos recursos minerais guardados nas profundezas dos oceanos. Segundo seus defensores, os metais raros como níquel, cobre, cobalto ou magnésio ali depositados serão, cedo ou tarde, indispensáveis para a transição energética na superfície terrestre, para a fabricação de infraestruturas para energias renováveis e veículos elétricos.“Os minerais e metais encontrados no fundo do leito oceânico são, com certeza absoluta – a ciência já provou –, uma das fontes energéticas promissoras. No meu entender, eles fazem parte das soluções para substituição de combustíveis f

  • Incêndios fora de controle são demonstração de força do lobby antiambiental no Brasil

    19/09/2024 Duração: 13min

    Com 60% do Brasil tomado por fumaça e queimadas, inclusive nas principais metrópoles, a temporada de incêndios florestais de 2024 simboliza o poder de destruição dos diferentes lobbies antiambientais no país. A tragédia evidencia um Estado impotente para enfrentar uma vasta articulação criminosa, que se ramifica nos governos estaduais, no Congresso Nacional e na Justiça. Lúcia Müzell, da RFI em ParisO Ministério do Meio Ambiente e a Polícia Federal suspeitam que grande parte dos cerca de 2 mil focos de incêndio foram lançados de maneira coordenada e criminosa. O manejo da terra por fogo está proibido no território nacional.A ministra Marina Silva denuncia atos de “terrorismo climático” no país. Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, concorda com a definição. "Se alguém pratica terrorismo ambiental hoje no Brasil, é o Congresso Nacional, além desse terrorismo sendo praticado no chão da floresta. Você tem há muitos anos no Brasil um crime que se organizou, enriqueceu, tomou o lugar de po

  • Inteligência artificial faz disparar poluição digital, mas também é aliada do planeta

    12/09/2024 Duração: 09min

    Ainda pouco conhecida do grande público, a poluição digital ganha novas proporções com a inteligência artificial. Uma pesquisa feita por IA gera pelo menos 10 vezes mais impacto ambiental que um buscador comum. Mas, ao mesmo tempo, a tecnologia também é uma aliada poderosa do meio ambiente. Depois de e-mails, mensagens e streaming, agora são as emissões de gases de efeito estufa da inteligência artificial que causam preocupação aos cientistas, mas também ao mundo empresarial – incitado a publicar balanços de CO2 das suas atividades. Na corrida pelo net zero (estratégia de descarbonização), entretanto, aparece uma barreira colossal: a IA, ao processar uma quantidade imensa de dados, tem o potencial de esfacelar qualquer meta de redução de emissões, sobretudo das empresas de tecnologia.Dois exemplos resumem bem o que está em jogo: em julho, o Google divulgou que as suas emissões cresceram quase 50% nos últimos cinco anos, depois que a companhia passou a investir pesado em inteligência artificial. Dois meses ant

  • Apesar das críticas, despoluição do rio Sena é o maior legado das Olimpíadas de Paris

    05/09/2024 Duração: 21min

    A organização das Olimpíadas e Paralimpíadas em Paris deu à cidade um prazo para a realização de um antigo sonho: a despoluição do rio Sena. Apesar das críticas, o projeto bilionário é o maior legado do evento esportivo para a capital francesa.  Lúcia Müzell, da RFI A epopeia começou há 10 anos, quando Paris foi escolhida para sediar os Jogos de 2024. Fazia um século que a poluição interditava o banho no Sena, mas mesmo assim, a cidade prometeu que algumas das provas de natação ocorreriam no rio. Mais do que um compromisso com o Comitê Olímpico Internacional (COI), o objetivo se tornou uma questão de honra para prefeitura municipal, que queria devolver o Sena para os parisienses.“Todos os esforços de despoluição sempre são muito bem-vindos. Nós precisamos fazê-los porque sabemos que os problemas ambientais vão ficando cada vez mais complicados, portanto, vai sendo cada vez mais difícil de eles serem resolvidos”, salienta professora Monica Ferreira Porto, especialista em recursos hídricos e qualidade da água d

  • Modelo atual dos Jogos Olímpicos é incompatível com mundo de baixo carbono, afirma pesquisador

    18/07/2024 Duração: 08min

    A cada edição, o país sede de uma Olimpíada ou uma Copa do Mundo promete ter o menor impacto ambiental da história – mas, na prática, os objetivos iniciais jamais são cumpridos e o balanço final de emissões não é confiável. Paris 2024 não deve ser diferente, garante o pesquisador alemão Martin Müller, do Instituto de Geografia e Sustentabilidade da Universidade de Lausanne, na Suíça, cidade que abriga o Comitê Olímpico Internacional (COI). Lúcia Müzell, da RFI em ParisMüller dirige um estudo comparativo de megaeventos esportivos desde 1990 e traz um olhar cético sobre o discurso ambiental dos organizadores. Os responsáveis dos Jogos de Paris chegaram a prometer realizar a primeira Olimpíada com “contribuição positiva” para o planeta. Depois, evocaram brevemente a meta de as competições serem “neutras em emissões carbono”, graças a compensações com projetos de captura de CO₂ e apoio à sustentabilidade. Por fim, abandonaram o uso dessa expressão, uma admissão de que é impossível promover um evento desta magnitu

  • Pantanal em chamas: ação humana e mudança climática aproximam biomas brasileiros de colapso

    11/07/2024 Duração: 17min

    A nova sequência de queimadas recordes no Pantanal, na esteira de uma seca prolongada e escassez hídrica, lançam um alerta: as ações humanas associadas às mudanças do clima aproximam os biomas brasileiros do colapso. Nos últimos anos, os cientistas têm advertido sobre o chamado ponto de não retorno da Amazônia, mas os outros ecossistemas do país também correm o risco de não conseguirem mais se regenerar.    O desmatamento acentuado nos vizinhos Amazônia e Cerrado contribui para a seca que impacta no Pantanal. O nível do rio Paraguai, cujas cheias são cruciais para os ciclos da vida no bioma, está quase 70% mais baixo do que seria esperado para o período – e a tendência é piorar nos próximos meses. A atual crise hídrica deve ser a mais grave já registrada, alerta a organização WWF Brasil.  Uma nota técnica da ONG em parceria com a ArcPlan, especializada em geoprocessamento de dados, verificou que as inundações de 2024 simplesmente não aconteceram. A análise dos últimos anos não deixa dúvidas: a maior área cont

  • Eleições na França: extrema direita adapta discurso sobre o clima para pregar nacionalismo

    27/06/2024 Duração: 08min

    A poucos dias do primeiro turno das eleições antecipadas na França, organizações de defesa do meio ambiente e cientistas alertam sobre os riscos de um governo de extrema direita para o futuro da política ambiental do país, a segunda maior economia da União Europeia. O partido Reunião Nacional se opõe ao que chama de “ecologia punitiva”, defende o enfraquecimento do Pacto Verde europeu e de uma série de medidas que colocam a França no caminho da descarbonização completa até 2050. Lúcia Müzell, da RFI Brasil em ParisPara aumentar a sua aceitação popular, a legenda adaptou o discurso sobre o clima: deixou de lado as tiradas negacionistas e passou a evocar o tema para reforçar as posições nacionalistas que traçaram a sua história. A sigla de extrema direita compreendeu que, no contexto francês, não poderia mais rejeitar a crise climática se quisesse chegar ao poder.“Eles adotaram uma postura mais cautelosa: reconhecem a existência da desregulação climática, mas a responsabilidade direta do homem nisso ainda não é

  • Quase um quarto do território brasileiro já foi queimado nos últimos 40 anos, revela estudo

    18/06/2024 Duração: 21min

    Quase um quarto do território brasileiro já foi queimado pelo menos uma vez nas últimas quatro décadas. Desta área, mais de 68% era de vegetação nativa, principalmente na Amazônia e no Cerrado. A nova Coleção do MapBiomas Fogo, divulgada nesta terça-feira (18) pela iniciativa, também revela que, proporcionalmente, o Pantanal – atualmente consumido pelas chamas – é o bioma mais atingido. O relatório inclui dados de 1985 a 2023 sobre as queimadas em todo o Brasil, apoiados por imagens de satélite e inteligência artificial. No total, 199,1 milhões de hectares foram queimados no país, ou 23% do território nacional, afirma o estudo. O Mapbiomas reúne acadêmicos, organizações não-governamentais e empresas de tecnologia. Os três Estados brasileiros com maior avanço da agropecuária no período, Mato Grosso, Pará e Maranhão, concentram 46% dos registros históricos de fogo. Além disso, 65% da área afetada no país foi queimada mais de uma vez em 39 anos, sendo o Cerrado o bioma com a maior área queimada recorrente."As at

  • Conferência em Bonn falha em avançar no financiamento climático antes da COP29

    13/06/2024 Duração: 17min

    As delegações dos quase 200 países que participam da Conferência da ONU sobre as Mudanças do Clima encerram nesta quinta-feira (13), na Alemanha, dez dias de reuniões técnicas para encaminhar a COP29. Este ano, o evento acontecerá no Azerbaijão e se foca no delicado tema do financiamento climático – mas o encontro preparatório, na cidade de Bonn, falhou em trazer respostas para a questão. Lúcia Müzell, da RFI Brasil em ParisIsso significa que caberá aos ministros e chefes de Estado e de Governo tomarem as decisões, durante as duas semanas da COP, em novembro. Um dos principais objetivos é estabelecer uma nova meta anual de financiamento para os países em desenvolvimento conseguirem promover a transição para uma economia sem emissões de carbono e se adaptarem às mudanças do clima. Este montante, que substituirá os atuais US$ 100 bilhões, é estimado entre US$ 1,1 trilhão e US$ 1,4 trilhão.“Estamos um passo à frente de onde nos encontrávamos antes. Nós temos um texto. Porém, o conteúdo desse texto não é fruto de

  • O que a temporada ‘extraordinária' de furacões no Atlântico em 2024 alerta sobre o clima

    06/06/2024 Duração: 20min

    A Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) alertou que a temporada de furacões do Atlântico de 2024, recém iniciada, deverá ser “extraordinária" este ano. O impacto das mudanças do clima sobre a frequência e a intensidade dos furacões e ciclones intriga os cientistas. Lúcia Müzell, da RFI Brasil em ParisSe, por um lado, eles são fenômenos climáticos naturais do planeta, por outro, o aumento da temperatura global, inclusive dos oceanos, tem levado a sua intensidade a também ser maior.A agência nunca havia previsto um número tão alto em suas projeções de maio: poderão ocorrer de quatro a sete furacões de categoria 3 ou mais, o que significa ter ventos superiores a 178 km/h, podendo chegar a 250km/h.Cientistas americanos chegam a defender que a escala Saffir-Simpson, que mede a força destes eventos e atualmente termina em 5, ficou obsoleta e deveria ser expandida para 6. O tema reúne alguns dos maiores especialistas do mundo em um colóquio na França, promovido pe

  • No auge do verão, Paris 2024 não terá ar condicionado na Vila Olímpica; entenda impacto ambiental

    30/05/2024 Duração: 06min

    A Olimpíada de Paris 2024 se apresenta como exemplar no quesito ambiental e optou por não equipar a Vila Olímpica com ar condicionado. A decisão causou insatisfação de algumas delegações, como a do Brasil, já que as competições ocorrerão em pleno verão europeu. Com a medida, Paris busca expandir a reflexão sobre quando a climatização é realmente necessária, em um mundo em plena adaptação para enfrentar temperaturas que serão cada vez mais quentes. Lúcia Müzell, da RFI Brasil em Paris Em julho e agosto, os termômetros podem chegar perto dos 40°C na capital francesa, uma realidade relativamente nova para os habitantes da cidade. Conforme a Agência Parisiense do Clima, o número médio de dias com tempo canicular por ano – ou seja, com temperatura máxima superior a 31°C durante o dia – passou de 7,2 para 16,6, na comparação com os dados do fim do século 19. O aumento, mais acelerado a partir dos anos 2000, foi ainda mais impressionante nas medições do calor noturno: na última metade do século retrasado, fazia mais

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