Momento Da Política - Merval Pereira

Merval Pereira faz uma análise da mudança de postura do presidente Lula sobre a questão da segurança pública. ‘País está chegando a um ponto inaceitável de falta de segurança em todos os estados’. Comentarista destaca que o crime organizado está cada vez mais organizado e mais aparelhado, com armas de grosso calibre. ‘Não dá mais para fingir que a culpa é do outro. A culpa é de todas as autoridades’.

Merval Pereira faz uma análise da diferença entre a política econômica do governo Lula e o mercado financeiro. Comentarista destaca que Lula está repetindo o que fez no final do primeiro governo e no segundo governo. ‘Ele conseguiu um crescimento do PIB grande, tanto que elegeu a Dilma, então ele acha que isso dá certo. Mas, ele não lembra que, a partir daí, foi um desastre. (...) Durante anos, a gente viveu as consequências da recessão no governo Dilma’. Merval ressalta que não adianta ele achar que o mercado financeiro está contra ele. ‘Isso é uma simplificação da situação’. Comentarista acrescenta que a postura de Lula deixa o Banco Central em uma situação complicada porque vai ter que subir o juro até encontrar equlíbrio.

Merval Pereira faz uma análise de como deve se comportar o Congresso na tramitação do projeto de lei que muda o Imposto de Renda no país. ‘O que o Congresso vai fazer é aprovar esse aumento da isenção e propor medidas ao governo de corte de gasto, mas não vai colocar na balança os R$ 50 bilhões das emendas deles’. Comentarista destaca que será uma luta intensa sobre quem vai pagar essa diferença. ‘Ninguém quer cortar nada do seu’. Merval prevê uma crise fiscal para 2026, ano de eleição.

Merval Pereira faz uma análise do projeto que isenta de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil. ‘Uma promessa de campanha que deve ter ajudado a arrecadar muitos votos. Essa intenção que o Lula torna agora realidade’. São mais de 10 milhões de pessoas que não pagarão Imposto de Renda. Comentarista acrescenta que intenção do governo é claramente política. ‘Não vejo nenhuma razão para criticar’.

Merval Pereira faz uma análise da decisão da PGR de recorrer contra a decisão de Toffoli que anulou processos contra Palocci. Paulo Gonet entrou com um recurso e citou material robusto. ‘Procurador tem toda razão, inclusive, porque Palocci fez uma delação premiada e teve benefícios com ela. A decisão do ministro Toffoli não tem nenhum sentido'.

Merval Pereira faz uma análise da posse de Gleisi Hoffmann, como ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, e como será o debate interno com o ministro Fernando Haddad. ‘Escolher a Gleisi Hoffmann é uma decisão de posicionamento do presidente Lula (...) ela não é conhecida como das mais hábeis negociadoras. Pelo contrário, ela é uma negociadora dura’. Comenta destaca que 'não dá para entender de outra maneira que não seja uma fritura para uma mudança da economia'.

Na defesa apresentada ao STF, o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Jair Bolsonaro, chamou a denúncia da tentativa de golpe de 'terraplanismo argumentativo'. 'Querer barrar logo de cara o processo, anulando delações premiadas, esse tipo de coisa, não vai acontecer, isso não tem nenhum efeito'

Merval Pereira destaca que Lula e Bolsonaro estão aferrados às suas próprias candidaturas para 2026, com o presidente sem declarar uma pessoa que possa seguir dele e Bolsonaro se firmando como o único e possível nome da direita. Ele afirma que o problema dos dois é o mesmo: querer manter liderança única nas suas bases.

Merval Pereira fala sobre o significado político do Oscar concedido ao filme brasileiro 'Ainda Estou Aqui'. 'É muito importante que os brasileiros, especialmente a juventude, entendam o que aconteceu, discutam o que aconteceu'.

Merval Pereira faz uma reflexão sobre o embate entre Donald Trump e Alexandre de Moraes envolvendo o Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos. Comentarista destaca que não faz sentido um ministro da Corte brasileira querer proibir publicações em outro país. ‘Isso é que tem que ficar esclarecido. Ou é um mal-entendido ou o pedido do ministro é descabido e a reação do governo americano correta. Então tem que ver o que realmente está acontecendo’.

Merval Pereira faz uma análise da pesquisa Genial/Quaest que avaliou os governos em oito estados: SP, RJ, MG, RS, PR, GO, BA e PE. ‘O único governador que não tem boa aprovação é Cláudio Castro, do RJ, o resto está muito bem avaliado. Esse é mais um problema para o Lula’. Comentarista destaca que a maioria desses governadores não é da base do governo. ‘Vai ser difícil montar palanques fortes em estados importantes’.

Merval Pereira faz uma análise da pesquisa da Quaest, que aponta que Lula tem desaprovação maior de 50% em oito estados. Comentarista destaca os reflexos da pesquisa para as eleições de 2026. Merval ressalta que a baixa popularidade de Lula em São Paulo e em Minas Gerais. ‘A disputa em 2026 vai ser muito difícil’.

Merval Pereira faz uma análise da questão envolvendo as emendas parlamentares. Pelas contas do governo federal nesse ano, significa que as emendas estão batendo recorde e chegando a R$ 50 bilhões. Isso representa um quinto do que o governo tem para gastar nos chamados gastos discricionários. ‘Os parlamentares têm prioridades que não são as do governo. Cabe ao Executivo fazer o planejamento dos gastos’.

Merval Pereira fala sobre a vitória do partido conservador na Alemanha. ‘A centro-direita está realmente tomando conta da política europeia’. Comentarista destaca a votação histórica da extrema direita no país.

Merval Pereira faz uma análise dos desdobramentos da delação de Mauro Cid e os fatos que ficaram de fora da denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Merval destaca que Mauro Cid fez vários depoimentos. ‘Contradições entre os depoimentos são aceitáveis porque foram dados em momentos diferentes e situações diferentes’. Merval acredita que Gonet pegou os pontos que parecem se encaixar mais adequadamente ao relato geral de Cid.

Merval Pereira fala sobre a decisão do ministro do STF, Dias Toffoli, de anular, em uma canetada monocrática, todos os processos de Antonio Palocci. Comentarista destaca que situação semelhante pode acontecer no futuro com Bolsonaro, ‘se mudarem os ventos políticos’.

Merval Pereira faz uma análise dos termos da delação premiada de Mauro Cid. Comentarista destaca que delação é mais uma indicação de que invasão de 8 de janeiro não foi uma coisa espontânea. ‘Foi uma coisa organizada para um fim’. A ideia era criar um clima contra os poderes da República, especialmente o STF, que fizesse com que o povo pedisse a intervenção das Forças Armadas. ‘Dizer que não houve tentativa de golpe é pensar que as pessoas são idiotas’. Merval destaca que Gonet fez um trabalho muito bom.

Merval Pereira fala sobre o livro ‘A Vingança de Tocqueville’, de Fabio Giambiagi, que trata da economia brasileira nos últimos 40 anos. Livro destaca que, depois de 2010, o país se perdeu. O autor mostra que a tecnologia mudou o sentimento do cidadão: 'mais autônomo’.

Merval Pereira fala sobre o surgimento da ‘PEC da Blindagem’ em meio a uma série de investigações envolvendo desvios de dinheiro das emendas parlamentares. ‘Natural que eles tentem se proteger’.

Em entrevista à CBN, Merval Pereira, presidente da Academia Brasileira de Letras, destacou a importância de Cacá Diegues para o cinema e a cultura brasileira. Segundo ele, Cacá foi um intelectual cuja influência ia além das telas, ajudando a pensar o Brasil de forma ampla.