Revista Continente Multicultural #261: A Bandeira Do Brasil Nas Mãos Dos Artistas

  • Autor: Adriana Dória Matos
  • Editora: Cepe editora
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Sinopse

A história deste país, com seus tortuosos caminhos, é o cerne do nosso exercício reflexivo para esta edição, que marca os 200 anos da Independência do Brasil. São quatro seções que atualizam nosso olhar sobre o curso histórico da nação, através de um fio que costura épocas distintas.
Comprometidos com o fomento do pensamento crítico contemporâneo, entendemos que este é um país cujo passado se faz bastante presente. Nesse sentido, o jornalismo é uma das ferramentas que nos desafiam a mirar a realidade atual para que a construção da memória não se perca e seja o instrumento para amanhar novas possibilidades.
2022 é também um ano de encruzilhada para o Brasil. Mais uma vez nos vemos diante de uma divisão sobre qual caminho seguir como país. Além das eleições de outubro para presidente, governadores, senadores e deputados, temos, em novembro, a Copa do Mundo, quando a bandeira verde-amarela torna a ser o centro de nossas atenções.
Aliás, é a bandeira republicana o mote do ensaio visual que ilustra a capa deste mês, com a fotoperformance Re-utopya, de Hal Wildson. Ele é um dos 15 artistas desse curto recorte feito a partir de pesquisa e curadoria da jornalista Olívia Mindêlo, com obras que revisitam o maior dos símbolos nacionais. São provocações visuais que desestabilizam nosso imaginário, convocando os olhares a novas interpretações sobre quem somos e quem queremos ser como nação.
No artigo assinado por Frederico Esaú, nos debruçamos sobre dois conceitos essenciais na compreensão do Brasil: imperialismo e independência. "Não podemos pensar e escrever a história da América Latina e seu desenvolvimento histórico e/ou econômico, sem compreender o papel que o colonialismo, o imperialismo e, atualmente, o neocolonialismo desempenharam na construção de nossas sociedades".
O jornalista Homero Fonseca presenteia o leitor com a pouco conhecida aventura do jornalista português João Soares Lisboa, preso e deportado do Brasil, morto durante a Confederação do Equador. Por fim, olhamos para as produções documentais recentes que narram os acontecimentos do cenário político nacional de 2013 para cá, os mesmos que nos colocaram na encruzilhada à qual nos referimos acima. A bifurcação que se apresenta a todos os brasileiros e brasileiras, no próximo mês de outubro, não é uma escolha de lados, esquerda ou direita, mas uma decisão entre a civilização e a barbárie.