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Sinopse
Doeu, é?
Doeu ler este vigoroso livro de poesias?
Imagina, então, para quem o viveu?
A dor do “eu” é sempre mais importante que
a dor cujo sujeito não sou eu, não é mesmo?
Ainda vivemos só o “nosso” mundo perfeitinho.
E a vivência do outro é errada, é ignorada.
O livro DOEU é um convite à ressignificação e à desconstrução.
Machismo e preconceito são apresentados e empurrados goela abaixo.
Ah, sim! A autora poderia ter sido suave, nem precisaria expressar daquele jeito, né?
Está vendo? É sempre a outra pessoa que tem que mudar, rever e se conter.
E você, o que tem feito em prol da equidade?
DOEU faz cortes, sangra frente ao olhar insensível da humanidade agonizante.
Quer saber para que tanta força? Para que tanta introspecção e dores relatadas?
A poetisa, além de auto transcrever os seus sentimentos com emoção,
doou tempo, arte e amor para mobilizá-lo nessa luta que é de todas e de todos.
A luta é agressiva, é resistência, é forte. Sim, e é para evitar o colapso social.
