Sinopse
A paisagem vem de dentro, obra de estreia do autor, constitui, sem dúvida, das mais profundas imersões poéticas propiciadas pela literatura brasileira contemporânea. Oferecendo uma perspectiva jovem, de inegável apelo sentimental, sobre as candentes incertezas gestadas no desabrochar do novo século, Fonseca faz-se romântico sem incorrer nas armadilhas da radicalização pessimista e do escapismo. Busca, ao contrário, o sorriso universal, as pequenas alegrias e vitórias, o olhar que reverbera no tempo, a maré imprevisível das expectativas, a essência ímpar contida em cada infinito dia. Com estilo ousado e apurada elegância, o escritor alterna-se, livremente, entre prosa e verso, lançando mão de sofisticados recursos linguísticos.
Leme de todo marujo sonhador, o amor, nas páginas de A paisagem vem de dentro, ganha a exata dimensão do magma sobre a geografia, dos vetores pulsantes do centro da Terra sobre a exuberância da paisagem. E é precisamente nestes termos que o livro se torna tão saboroso e original: testemunho franco de alguém que entende a beleza do mundo como um espelho interior, A paisagem vem de dentro representa, a rigor, nada senão um pingo no oceano humano. Um pingo,...