Sinopse
Em A Estrada e a Poetisa, a estrada não é somente um elo que liga a origem e o destino. A estrada é personagem: observa, permite observar, realça, inventa, conduz. As cidades, as pessoas, os amores. Os caminhos, as lutas, as morais.
Nas poesias, a autora fala de cidades que habitam sua vida, do universo que as preenche e do universo que há dentro das pessoas e dos sentimentos, por vezes contraditórios, que vivenciamos até sem notar.
Mas a estrada também simboliza mudança, peito aberto, vento no rosto. As novas verdades que se nos descortinam diariamente. As antigas verdades que ficam pelo caminho. Ser leve como as folhas ao vento. É por isso que a estrada é infinita: a gente nunca chega ao destino, porque a vida é justamente o caminhar. Manter os olhos aptos a se surpreenderem é tão poderoso quanto o oxigênio.
A experiência da leitura de cada poesia é algo completo, pleno, pois torna-se inteiro ao unir o sentimento que vem de cada um de nós com o que o mundo oferece.
Reconhecer o valor dos detalhes não é simples nem clichê, é das coisas mais difíceis de conseguir, um exercício permanente. Alessandra faz isso com esmero e naturalidade. Sua poesia vai além da forma, encanta pela serenidade que transmite e pela determinação que evoca. Nossa função é apenas viajar com a poetisa e reconhecer a poesia da vida, a poesia da estrada.
Estrada e poetisa são parceiras em harmonia para narrar histórias e extravasar sentimentos. É disso que o mundo é feito, afinal.