Podcast Cinem(ação)

Estamos de férias! Mas calma... as férias estão sendo desfrutadas, mas a produção do podcast continua com tudo! Em 2024 estamos preparando um calendário bem legal para as gravações do podcast, e já temos até a data de volta das férias. Por isso, para deixar todo mundo na mesma página, nós resolvemos gravar esse episódio extra para trazer alguns recadinhos importantes para os ouvintes, e também para agradecer algumas coisas que passaram entre Dezembro e Janeiro. Então se você escuta o Cinem(ação) com frequência, e está se perguntando quando a gente volta, é só da o play para descobrir. E além disso, tem um agradecimento especial relacionado a premiação INTERNACIONAL, e também um pedido de ajuda com um questionário que vai nos ajudar demais no nosso planejamento. Dá logo o PLAY! =P Ouça nosso Podcast também no: • Feed: https://bit.ly/cinemacaofeed• Apple Podcast: https://bit.ly/itunes-cinemacao• Android: https://bit.ly/android-cinemacao• Deezer: https://bit.ly/deezer-cinemacao• Spotify: https://bit.ly/

Último episódio da temporada de 2023 está no ar, e para fechar com chave de ouro este ano muito desafiador para o Cinem(ação), reunimos o trio que iniciou a história deste podcast para conversar sobre a produção de conteúdo, IA (Inteligência Artificial) e aleatoriedades. Depois de mudanças significativas em nosso podcast, o dia-a-dia das gravações mudou e gerou muitas experiências novas. Além disso, 2023 reservou festivais, feiras, filmes e séries que certamente viraram hit no universo do entretenimento. Rafael Arinelli recebeu Daniel Cury (Desembrulhando Palavras) e Henrique Rizatto para conversar sobre como foi esse ano para o Cinem(ação), as histórias de Henrique pela CCXP em um ano de retomada, a produção de curtas com IA que o Rafa fez, e uma história de uma carta perdida de Daniel. É um papo raiz, onde os assuntos se entrelaçam e conectam histórias sem que se perca aquela essência do audiovisual que sempre permeou os nossos papos. Então, para fechar bem o ano, venha ouvir essa conversa entre 3 amigos qu

Em uma Panem recém-saída dos chamados "dias escuros", conhecemos um jovem: Coriolanus Snow, que tenta reerguer o nome de sua família. Para isso, ele terá que manter as aparências bastante abastadas que um dia seu pai sustentou e se esforçar para chamar a atenção de seus tutores com inovações para os Jogos Vorazes. Com um elenco jovem, guiado por Viola Davis e Peter Dinklage, "Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" estreou a fim de responder a uma pergunta: Como o Presidente Snow, essa figura tirânica e sádica, se tornou o braço forte da Capital e a mente perversa por trás dos jogos? E é em cima desta questão que todo o enredo do filme se dá. Com a volta de Francis Lawrence na direção, os fãs de Jogos Vorazes ganharam um novo filme 8 anos depois do desfecho de Katniss Everdeen. Agora, mais de 60 anos antes dos acontecimentos dos primeiros 4 filmes, nós voltamos a Panem com o desafio de sustentar uma história sem arranhar uma das franquias mais bem-sucedidas do cinema. Rafael Arinelli recebeu La

Ridley Scott, o conhecido diretor de "Gladiador", "Thelma & Louise", "Alien" e "Blade Runner", decidiu realizar um filme sobre um personagem gigante na história mundial: Napoleão Bonaparte! Para isso, ele chamou um conhecido seu, Joaquin Phoenix, para interpretar o grande imperador francês que ficou conhecido por sua genialidade na estratégia no campo de batalha. Mas não foi só isso, Scott também escalou Vanessa Kirby para viver Josephine, o grande amor de Napoleão, e assim criar uma história que pudesse equilibrar a paixão avassaladora dos dois e a ascensão e queda de Bonaparte. Com um recorte desde 1793, no cerco de Toulon até o exílio em 1815, o filme "Napoleão" aborda 22 anos da vida do militar e coloca em tela ao menos 6 batalhas importantes das mais de 60 que ele enfrentou. Tudo isso, com a grandiosidade épica e a escala de um filme de Ridley Scott. Porém, as notícias boas param por aí. Com inconsistências históricas, uma narrativa pouco construtiva e um filme que parece esquecer a profundidade do p

O ano de 2023 está chegando ao fim, e com ele, uma série de filmes, festivais e premiações entram para a história do cinema, principalmente aquelas obras consideradas as melhores e com potencial para deixar seu nome na eternidade.  Pois bem, depois de tantas coisas que assistimos ao longo deste ano, chegou a hora de começar a fazer aquele balanço do que realmente nos encantou e consideramos o melhor de 2023. Mas é claro que a conversa não fica só nisso.  Vamos passar pelos números do cinema nacional e mundial, os blockbusters que dominaram as salas, os festivais que apresentaram obras maravilhosas e foram pouco assistidas, e, logicamente, vamos problematizar sobre o consumo e o papel dos críticos. Rafael Arinelli recebe Daniel Cury (Desembrulhando Palavra), Raissa Ferreira (Revista Singular) e Thiago Beranger (Cinema com Crítica) para falar sobre os melhores filmes de 2023 até novembro e como enxergam a relação do espectador com a obra. Pegue seus fones de ouvido e esteja pronto para ouvir sobre filmes com te

O cinema tem mostrado ao longo dos últimos anos que a forma como o consumidor final se relaciona com os filmes tem mudado. Um dos pontos que chama a atenção é como os astros de Hollywood já não atraem tanto o espectador como antigamente, e a dúvida que fica é… por quê? Após a morte de Matthew Perry, o Chandler de Friends, a comoção tomou conta das redes e levantou um pensamento sobre como nos relacionamos com os astros de Hollywood, que muitas vezes só conhecemos por meio de filmes, tabloides e redes sociais. Com tudo isso em mente, Rafael Arinelli recebeu Domenica Mendes (Perdidos na Estante), Rodrigo Basso (Leitor Cabuloso) e Anna Lívia (Podcast Quarta Parede) para tentar entender como a chegada das redes sociais, do streaming e dos blockbusters criaram um ambiente onde se tornou difícil para os astros de Hollywood se manterem atraentes ao seu público. De Julia Roberts e Michelle Pfeiffer a Brad Pitt, Tom Cruise e Will Smith, que sempre foram pilares para levar bilheteria aos filmes, o que será que mudou pa

Em 1976, chegou ao Brasil o filme "Um Estranho no Ninho", obra do diretor tcheco Miloš Forman, que contava com o talento do então astro de Hollywood em plena ascensão chamado Jack Nicholson. Com um orçamento de pouco mais de 4 milhões de dólares, o filme foi um sucesso absoluto! Além de arrecadar mais de 160 milhões de dólares, "Um Estranho no Ninho" também surpreendeu ao tornar-se o segundo filme na história a ganhar os cinco principais prêmios do Oscar: Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Direção, Melhor Roteiro e Melhor Filme. Com uma história bastante envolvente, nos deparamos com personagens dúbios, que colocam sobre o espectador a responsabilidade do "julgamento". Como um homem preso por estupro, que se passa por alguém com problemas mentais, consegue tornar-se simpático e caloroso com pacientes de uma instituição psiquiátrica? Como uma enfermeira que, diariamente, trabalha com pessoas à beira de um colapso, torna-se uma pessoa pouco afetiva e muitas vezes é vista como uma vilã? Rafael Arinelli recebeu Pe

Na década de 1920, conhecida como período do "Reino do Terror" entre os membros da tribo Osage, uma série de assassinatos misteriosos começaram a acontecer de forma sistemática. As mortes estavam relacionadas sempre com membros dos povos originários que detinham posse de terras. Com o medo imperando na comunidade Osage, fazia-se necessária uma investigação séria para que os responsáveis fossem punidos. E é nesse ambiente que se passa Assassinos da Lua das Flores. O novo filme de Martin Scorsese chega para questionar uma série de acontecimentos. Desde a própria produção da obra em si, que acaba sendo a terceira na história do cinema a falar do genocídio que envolveu os Osage. Passa pela construção do gênero de western, que por muito tempo foi o coração do cinema hollywoodiano. E vai até a criação da sociedade moderna e as bases que ela se deu. Rafael Arinelli recebeu Fernando Machado (Plano-Sequência Podcast), Marina Menezes (Plano-Sequência Podcast) e Carissa Vieira (Youtube) para conversar sobre Assassinos d

O cinema possui 4 pilares: a direção, a direção de arte, a direção de fotografia e o som. Todos esses pilares estão a serviço de um único objetivo, criar cenas que sejam emblemáticas o suficiente para construir uma história e emocionar o público. No entanto, toda essa mecânica entre os pilares passa por técnicas, sentimentos, organização, orçamento e muito suor dos profissionais que ali estão. E ao pensar especificamente na construção de luzes de uma cena, a diretora de fotografia é a grande visão talentosa da equipe. Hoje, Rafael Arinelli recebe Beto Padreca (42 Filmes) para conversar com Silvia Gangemi, diretora de fotografia que completa 27 anos de carreira, assina cinco filmes e uma série que serão lançados até 2024 e tem mais de 80 filmes no currículo, entre eles De Pernas pro Ar 3, Os Normais, Divã, Se Eu Fosse Você e Chatô: o Rei do Brasil. A conversa passa pela construção da carreira de uma diretora de fotografia, a construção de luzes para aquela cena marcante. Ainda conhecemos histórias de bastidore

Em 2022 o filme norueguês A Pior Pessoa do Mundo, chegou forte ao Oscar concorrendo por Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional. De lá pra cá, a obra ganhou os streammings, MUBI e Prime Video, e continua um percurso de sucesso no coração de quem se propõe a assisti-lo. Mas o que A Pior Pessoa do Mundo tem de especial para marcar um lugarzinho no coração dos seus espectadores? Desde o começo, o filme se propõe a ser dividido em um prólogo, um epílogo e 12 capítulos. Esta estrutura clara e pré-determinada expõe já uma das questões que A Pior Pessoa do Mundo quer discutir, que é justamente os padrões sociais e os paradigmas de uma sociedade moderna, que esquece de olhar o indivíduo e absorve preconceito, machismo, patriarcado, tudo de uma forma quase invisível. Hoje, Rafael Arinelli recebe Ieda Marcondes e Cecília Barroso (Cenas de Cinema) para conversar sobre a trajetória de Julie, vivida pela talentosa Renate Reinsve, que em meio a sua juventude e sua energia inquieta, se vê questionando o trabalh

Uma parte da greve em Hollywood chegou ao fim com o acordo entre roteiristas e estúdios. Porém, os atores representados pela SAG-AFTRA ainda estão na mesa de negociação, e um dos pontos é muito difícil de discutir: o uso da inteligência artificial em produções audiovisuais. A tecnologia segue avançando e os estúdios estão de olho na melhor maneira de diminuir custos e aumentar a lucratividade. No entanto, no meio disso, há as mentes criativas, os profissionais que vivem de seu talento e que ajudaram e ajudam a construir uma das indústrias mais lucrativas do mundo, a indústria do entretenimento. Em meio a tudo isso, Rafael Arinelli recebeu Marina Menezes (Plano Sequência), Maneu Messias (Perdidos na Paralaxe) e Freddy Costa (Perdidos na Paralaxe) para conversar sobre como a inteligência artificial está sendo usada no cinema. Por que ela foi fruto de greve? O que os atores e atrizes alegam? E como a inteligência artificial já afeta e afetará a indústria cinematográfica nos próximos anos. Um papo filosófico, que

No sertão do Ceará, uma família foi destruída pela violência, negligência e banditismo que se instalaram na cidade. Para tentar sobreviver, o filho mais velho, jurado de morte, acaba sendo adotado por um paulista, e suas irmãs vão morar com uma tia que ajuda a comunidade local. Esta é a história central de Cangaço Novo, série brasileira que chegou ao o Prime Video e que convida o público a conhecer uma história muito brasileira, que se inspira em fontes como "Deus e o Diabo na Terra do Sol" e vai apresentar personagens que homenageiam figuras históricas como Lampião e Maria Bonita. Dinorah (vivida pela excelente Alice Carvalho), Dilvânia (Thainá Duarte) e Ubaldo (Allan Souza Lima) são os irmãos que guiam Cangaço Novo para dentro do sertão, do coronelismo enraizado no interior do Brasil e ainda abordam temas como machismo, abuso sexual, falta de um poder público atuante e muito mais! Rafael Arinelli recebeu Fabiana Lima (Cinemafilia), Edu Sacer (Loggado) e Larissa Maia (Supercuts) para discutir o que fez da sé

Em um ano de retomada do mercado cinematográfico brasileiro, uma questão nos chamou a atenção: como fica a formação de plateia neste momento tão delicado que estamos vivendo? As crianças com acesso aos filmes brasileiros podem fomentar uma nova geração de cinéfilos? Em nosso último episódio, quando falamos sobre cotas de telas, ressaltamos a importância de garantir que haja espaço para filmes nacionais nas salas de cinema. Além disso, quando olhamos os dados de "público x filmes", é possível ver que os filmes para crianças sempre se destacam na bilheteria. Com tudo isso em mente, Rafael Arinelli recebeu Carissa Vieira (Carissinha) para bater um papo com Luiza Lins, que há 22 anos dirige a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, um espaço que levanta a bandeira sobre a importância do audiovisual na formação de crianças e adolescentes. Uma conversa muito educativa, que passa pela formação de público, a visão geral dos produtores em relação às crianças e a necessidade de suporte público para que possamos pro

Em novo episódio do Cinem(ação), resolvemos colocar na mesa duas notícias que acabaram atingindo o cinema nacional em cheio: a cota de telas e a escolha do filme brasileiro para ser indicado ao Oscar. As duas notícias provocaram discussões nas redes sociais. A cota de telas por exemplo dividiu o público entre aqueles que concordam com uma regulamentação que obriga as empresas exibidoras a incluírem em suas programações os filmes nacionais. Já a escolha de Retratos Fantasmas colocou em dúvida se este é o filme certo para a categoria de Melhor Filme Internacional, ou se seria melhor ter entrado em Melhor Documentário. Independente de lados ou polarizações, a cota de telas sofreu um revés recente, por ter sofrido uma alteração na calada da noite, onde foi retirado justamente o cinema da conversa. Por outro lado, o filme brasileiro ao Oscar, começa a traçar um caminho que possibilita sim que ele tente outras categorias na maior premiação do cinema do mundo. Enfim, assim como tantos assuntos, nada é tão simples qu

The Bear (ou O Urso) ganhou sua segunda temporada em Agosto de 2023 envolto em muita expectativa depois do que foi entregue aos espectadores na primeira temporada. Uma série bem filmada, dirigida, escrita e cheia de qualidades técnicas, certamente levou os fãs a colocar essa obra em um outro patamar. Situada em Chicado e acompanhando uma família que foi despedaçada pelo suicídio do filho mais velho, The Bear (O Urso) narra a história de Carmie, um jovem Chef que assume a lanchonete do irmão que se foi e que é muito conhecida pelo sanduíche italiano. Encontrando uma cozinha desorganizada e um ambiente agressivo, Carmie tem a intenção de mudar as estruturas do local, porém, envolto em muitas memórias e sentimentos, uma nova família começa a surgir. Criada e dirigida por Christopher Storer, a série surpreendeu quando levou para casa alguns prêmios da TCA Awards, o prêmio da Associação de Críticos de Televisão Americana. Agora, após entregar a segunda temporada, The Bear (O Urso) se propõe a continuar contando um

Depois de alguns anos sem lançar longas-metragens, As Tartarugas Ninja chegam com uma animação competente e muito divertida: As Tartarugas Ninja: Caos Mutante. Roteirizada, produzida e dublado por Seth Rogen, o ator deixou claro desde o começo do projeto que a ideia seria explorar as Tartarugas em sua fase adolescente, mostrando suas inseguranças, seu início na vida de vigilantes e a curva de aprendizado rumo ao amadurecimento. Para isso, Seth contou com a direção de Jeff Rowe, que já via trabalhando em A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, tendo costurado muito bem essa construção familiar com um ambiente caótico e pouco amigável. Em As Tartarugas Ninja: Caos Mutante vamos justamente conhecer um lado de Leonardo, Raphael, Donatello, Michelangelo que ainda não tínhamos visto, e mais… conhecer um Mestre Splinter falho, um vilão com motivações muito familiares e uma amiga pouco convencional que virou meme na escola que estuda. Rafael Arinelli recebe Marianne Mastrange (Hospício Nerd) e Arthur Pacheco par

Em meio a crise de filmes de heróis, começamos a nos perguntar se o problema está no gênero, nas histórias ou na indústria cinematográfica? É verdade que durante muitos anos vimos o conceito de herói ganhar força principalmente por conta dos super-heróis que foram trazidos às telas por Marvel e DC. No entanto, o público parece saturado de capas e super poderes, e os tais "filmes eventos" começam a ganhar novos contornos. Rafael Arinelli recebe Raquel Rocha (Perdidos na Paralaxe), Reinaldo Feurhuber (Perdidos na Paralaxe) e Fernando Machado (Plano-Sequência) para discutir um pouco o que são filmes de heróis e quando eles passam a ser heróis de filmes? Ou seja, em que momento os heróis tornaram-se "supers" a ponto de terem filmes que os levassem a um patamar quase místico e como esses poderes deram lugar a crises familiares, amores não correspondidos e vilões humanizados? O papo de hoje vai embarcar na filosofia e navegar pela cultura pop com a intenção de não achar respostas, mas levantar questionamentos sobre

Asteroid City é o novo filme do simétrico Wes Anderson, diretor americano, que já levou o Globo de Ouro e tem uma linguagem bastante própria de seus filmes. O filme que chegou aos cinemas no dia 10 de agosto de 2023 é difícil até de dar uma sinopse. Seria uma peça teatral filmada sobre um grupo de adolescentes geniais que vão participar de uma feira de ciências no deserto americano? Seria um filme sobre perdas e o caos que envolve o processo criativo de um dramaturgo? Ou ainda a história de uma família que após sofrer uma grande perda precisa se reconectar? Independente da sinopse, Asteroid City demonstra ser o filme mais radical de Wes Anderson, não só pela temática, mas por toda a visão de cinema que o diretor tenta transmitir com o longa e que acaba separando o público entre aqueles que têm curiosidade em mergulhar nessa visão e aqueles que podem se cansar no meio do processo. Rafael Arinelli recebe Thiago Muniz (Pipocas Club) e Diego Quaglia (Fiz Cinema) para discutir suas impressões sobre Asteroid City e

As comédias românticas tiveram seu auge no final dos anos 90 e começo dos anos 2000. Chegaram a emplacar em 1996, dois filmes entre os 10 mais assistidos daquele ano: O Professor Aloprado (8º) e Jerry Maguire: A Grande Virada (9ª). Porém, quase uma década depois, os filmes começaram a sumir das prateleiras dos cinemas. Em 2006, apenas 4 filmes de comédias românticas estavam entre os 50 filmes mais assistidos do ano. Mais perto de 2020, os produtores viram o gênero perder 70% do faturamento e acabaram encostando os produtos. Agora, com a força dos streamings, a necessidade de produzir mais conteúdos representativos e um público mais consciente, as comédias românticas começam a ressurgir, seja em forma de filmes ou séries. Rafael Arinelli recebe Camila Henriques (Cine Set), Edu Sacer (Loggado) e Ana Paula Barbosa (Narrativa Feminina) para conversar sobre essa nova fase do gênero e entender o que foi que aconteceu entre os anos 90 e hoje, que fez com que os filmes de comédias românticas fossem deixados de lado.

A história de Hollywood é rica em ativismo e lutas trabalhistas, por isso não é incomum, de tempos em tempos, ouvirmos falar que trabalhadores da maior indústria cinematográfica do mundo estão entrando em greve e exigindo melhores condições para executar suas funções. Em 1960 a greve dos roteiristas parou o mercado durante 21 semanas, em 1980 foi a vez dos atores pararem por 95 dias suas atividades. Já em 2008 a greve de roteiristas teve um impacto de 2 bilhões de dólares na economia da Califórnia. Ou seja, tentar equilibrar a balança entre quem financia e quem realmente produz séries e filmes, é uma tarefa que se repete há vários anos. No entanto, em 2023, podemos estar vivendo a maior greve na história de Hollywood, isto porque, temos a união da greve dos atores e roteiristas acontecendo ao mesmo tempo. As reivindicações variam um pouco, mas passam por pontos em comum também, sobretudo nos aspectos dos residuais (pagamentos feitos toda vez que uma obra é exibida em algum lugar) e na inteligência artificial