Idade Média, Idade Dos Homens: Do Amor E Outros Ensaios

  • Autor: Georges Duby
  • Editora: Companhia de Bolso
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Sinopse

Vista como ser perverso, a mulher, na Idade Média, era criada para se submeter ao homem no casamento, para o qual se via encaminhada desde cedo. Estes ensaios do grande medievalista discutem a posição social das mulheres e as transformações do sentimento amoroso naquele período.
Idade Média, Idade dos Homens reúne diversos textos do grande historiador francês Georges Duby, tratando em sua maior parte da questão do amor na Idade Média. Todos foram elaborados entre 1967 e 1986, paralelamente à sua magnífica e volumosa produção que inclui, entre outros: O cavaleiro, a mulher e o padre, Guilherme Marechal, O tempo das Catedrais, Guerreiros e Camponeses e As três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo.
Permitindo uma visão de conjunto de seu pensamento, este trabalho é quase um "caderno de anotações", no qual Duby se permitiu, de forma menos rígida e mais ensaística, interrogar-se sobre aspectos fundamentais da chamada "sociedade feudal". Grande parte dos textos tem como tema o amor e o casamento, e é por isso que se fala de uma "Idade dos Homens". Entre os séculos IX e XIII formou-se uma sociedade essencialmente masculina, da qual a mulher constituía a "parte oculta". Vista como ser perverso, ela era criada para se submeter ao homem no casamento, para o qual se via encaminhada desde cedo.
Na Idade Média, a barreira que separava a existência dos dois sexos era tão alta que normalmente o homem desconhecia a mulher e, por isso, temia-a e a desprezava ao mesmo tempo. De certo modo, o período estudado por Duby está situado em oposição ao nosso tempo, que vê a liberação da mulher e o crescente questionamento do casamento tradicional.
Além de estudar o casamento monogâmico, sacralizado e imposto como modelo à sociedade pela Igreja a partir do século XII, Duby examina ainda as estruturas familiares, a vida da aristocracia, o amor cortês - do qual oferece uma nova e polêmica interpretação - e a questão, até agora pouco aprofundada, do sofrimento físico na Idade Média. Por fim, faz uma minuciosa avaliação da produção historiográfica da "Escola dos Annales" e da "Nova História", no período de 1950 a 1980.