Sinopse
e se acontecesse com você de conhecer uma menina na altura dos seus vinte e cinco anos, se apaixonar, encontrar-se com ela cinco vezes, e quando você fosse pedi-la em namoro ela lhe dissesse: "melhor não nos vermos mais" numa última chamada telefônica? "não quero mais te ver!", ela disse. e você pergunta: "por quê?". não há resposta para o porquê, apenas uma despedida. do outro lado da linha uma chamada terminada e um barulho de telefone ocupado nos ouvidos que persiste durante dezoito anos, porque você não queria desligar, apenas a outra parte desejou isso.
o que dizer então, quando dez anos após o primeiro encontro, essa mulher vem do futuro te avisar que te espera lá na frente? que sempre te amou, mas que não podia mais te ver e precisou ir embora a contragosto… como uma cinderela e sua carruagem que virou abóbora no céu. e lá ela permanece… acredite: mentirosa, insensível, arrependida, jurando que sempre te amou e que está perdida e loucamente apaixonada…
o que você faria? esperaria? dava-se por louco? mártir inconsolável? virava santo? ou padre?! ficaria com raiva? pediria satisfações? discutiria quando ela voltasse? você aguentaria esperar mais dezoito anos ou morreria no processo? você perdoaria e esperaria que ela voltasse calmamente para os seus braços?
embarque nesse dilema de um romance impossível, onde a moral encontra-se com a libertinagem na essência de um ofício da santidade em combate a instintos lascivos libidinosos, orientados pela natureza humana, demasiadamente humana, da epopeia sobre-humana da poesia.