Sinopse
Enquanto a sociedade acelera sem uma direção aparente, a polarização abunda e a capacidade de reflexão parece se esvair. Há, em larga escala, donos de "verdades absolutas", que, impavidamente, recriminam aqueles que ousam pensar diferente.
Neste contexto, se faz imperioso o surgimento de arroubos de sensatez. Carecemos de lucidez e uma boa dose de leveza.
E aí talvez resida um dos principais méritos do médico e escritor Alcides Mandelli Stumpf, ao lançar o seu Sapateiro de Bruxelas e outras crônicas. De modo clarividente, o autor, observador atento do cotidiano, revela que nem tudo está perdido. Aliás, nas entrelinhas, sua sugestão é de que há incontáveis caminhos para uma boa vida – entendida como aquela na qual não precisaremos ter medo de nossas memórias quando envelhecermos.
Filhas do seu tempo, as crônicas de Alcides, pelas mãos hábeis do Sapateiro, impingem ao leitor o prazer de saborear as diferenças que marcam o nosso entorno, chamando a atenção para entendermos que a existência é longa e prazerosa o suficiente, desde que façamos as escolhas certas.