Sinopse
As mães que fazem mal, descritas neste livro, constituem uma população muito maior do que imaginamos, silenciosa, e quase sempre despercebida. Mães que fazem mal, não são, na maioria das vezes, mães más. São mães que, involuntariamente, sem perceber, acabam por fazer mal aos seus filhos pelos mais variados motivos, até mesmo pelo excesso de cuidado. Mães que não percebem e filhos que não realizam o mal que delas provêm, mas que, marcados pela experiência com elas, por vezes só se apercebem do que viveram já adultos, em suas sessões de análise.
Neste livro, Silvia Lobo traz um estudo psicanalítico em linguagem simples destas mães que fazem mal, criado por meio de anos de estudo do tema, analises e relatos de casos acompanhados pela autora em seu consultório (que aparecem no livro como fragmentos – todos casos reais). Entre os capítulos, Silvia ainda nos convida a refletir sobre O novo poder das crianças e o desemparo de todos nos tempos atuais, a idealização da maternidade, A função da mulher na sociedade brasileira, A recriação da mãe, entre outros temas relativos à maternidade. Há ainda, um capítulo inteiro dedicado as modalidades de mães que fazem mal, catalogadas pela própria autora, onde conhecemos; a arrependida, a higiênica, a executiva, a sofredora, a imobilizadora, a litigiosa, a eliminadora, a pragmática, a sexuada, a afetada, a adultizadora, entre outras...
O livro convida ainda a uma discussão que se faz presente nestes tempos: "é preciso ter a consciência de que antes de sermos mães somos mulheres, e que esta seja hora de hesitar e considerar se queremos ou não gerar bebês, podendo decidir sem obediência e sem culpa. Além disso, será que ainda hoje, cabe somente as mulheres a função de mãe?"