Convidado

Mia Couto: "A relação colonial entre Europa e África mantém-se actual"

Informações:

Sinopse

"A Cegueira do Rio" é o mais recente romance de Mia Couto lançado em Portugal. Uma obra onde o escritor moçambicano partilha "o registo de uma outra maneira de ver o mundo, um outro sentimento do mundo". Considerando ser "vital no momento de hoje" a "disponibilidade para ouvir outras sabedorias", com "A Cegueira do Rio" Mia Couto oferece a visão de uma cosmogonia, um saber que vai além de um modelo único de ser.Em "A Cegueira do Rio", um rio que "é a tinta que nos permite comunicar pelo mundo inteiro", um evento algo mágico, um tanto apocalíptico, acontece: A tinta acaba, desaparece dos documentos, as pessoas perdem a capacidade de escrever e quem resta com esse saber são apenas alguns, poucos, indígenas africanos.Num desafio para que a História seja "escrita em conjunto", o autor inverte a hierarquia, altera a posição de centro e periferia."A Cegueira do Rio" foi o pretexto para a entrevista de Mia Couto à RFI, mas a liberdade na literatura africana, as conotações políticas na literatura ou a relação colonia