Ficções

O acaso é uma possibilidade real? Ou será que estamos determinados pelo destino? A nossa compreensão da realidade não é precisa o suficiente para que possamos encontrar uma solução. Mas acredito que, mesmo assim, a reflexão sobre o acaso é necessária. 

A angústia é algo que não desejamos sentir. No entanto, do ponto de vista filosófico, a angústia é algo essencial para que possamos nos entender como seres humanos. Existe um lado bom nisso? 

Pra muita gente existe uma separação entre livros impressos e digitais. Em uma situação limite isso implica, inclusive, em uma morte do livro e consequentemente da leitura. Mas se a cultura digital nos permitir mais acesso e mais possibilidades de leitura, isso não vai ampliar os espaços de leitura? 

O financiamento coletivo promove uma inversão dentro do sistema hierárquico de produção e acesso à cultura nos moldes a que nos acostumamos durante todo o século XX. Com a tecnologia digital, temos hoje a possibilidade de gerenciar projetos em contextos específicos de maneira autossuficiente. E será que isso é realmente algo positivo? Comentado no episódio: Projeto do Kickstarter que foi cancelado apesar da meta ter sido alcançada com facilidade. Retrato do financiamento coletivo no Brasil (Pesquisa Catarse)

O termo “gamificação” pode ser um pouco recente, mas a ideia de tratar a própria realidade como um jogo, não. Nesse episódio eu analiso o tema, considerando a questão da gamificação como algo bem mais natural do que parece ser. 

Neste episódio discuto a relação entre Cinema e Filosofia. Aqui a questão é mais do que apenas apresentar filmes que possuem teor filosófico, mas sim considerar o Cinema como uma linguagem artístico/filosófica em sua essência. Livros mencionados no episódio: O que Sócrates diria a Woody Allen – Juan Antonio Rivera O cinema pensa – Julio Cabrera Nesse episódio utilizei como sonorização trechos de áudios dos seguintes filmes: Sound of Noise (2010) Un Chien Andalou (1929) All that Jazz (1979) O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001) Bleu (1993) Top Hat (1935)

Neste episódio analiso o mito a partir de suas características essenciais e discuto sua permanência nas sociedades modernas. O aspecto simbólico do mito ainda é importante para cada um de nós. No entanto, quem assume o papel de narrar os mitos que nos definem e nos colocam diante das questões essenciais de nossa existência? 

Vivemos em sociedade porque isso é parte de nossa natureza. No entanto, o que justifica o fato de que tenhamos o ímpeto de colaborar com outros mesmo quando não existe nenhum ganho objetivo em vista? A colaboração nos mostra que a experiência da coletividade é possível e viável, mas não por simples altruísmo. Complementos: A Catedral e o Bazar – Eric Raymond Cultura, complexidade e colaboração online (tese de Doutorado) – Marcos Ramon

Neste episódio eu falo sobre cidades. O surgimento da Filosofia tem conexão com o desenvolvimento dos centros urbanos, principalmente por conta da possibilidade de interação e troca de informações e conhecimentos. No entanto, a diversidade cultural deixou de ser a marca da vida nas cidades, que hoje abrigam cada vez mais pessoas acomodadas às suas rotinas. O que a vida nas cidades ainda pode nos oferecer? A música que toca no final do episódio é Drug Song (RENMINBI). Complementos: Richard Sennett – Carne e Pedra

Geralmente associamos a verdade com aquilo que se adequa ou explica a realidade. Mas isso é suficiente para compreendermos o que a verdade realmente é? Complementos: Heidegger – Sobre a essência da verdade

A música é tema de reflexão da filosofia desde a antiguidade. Muitos filósofos se debruçaram sobre as possibilidades e limitações da música, que tem sido considerada por muitos como a arte mais elevada e mais próxima do pensamento filosófico. Neste episódio eu apresento alguns dos pensadores que discutem o tema e utilizo algumas músicas como ilustração. Complementos: Livros e Artigos Roosevelt Júnior – Música e Filosofia em Platão e Aristóteles Jair Barboza – A Metafísica do Belo de Arthur Schopenhauer Nietzsche – O Nascimento da Tragédia Adorno – Filosofia da Nova Música Músicas Black Mountain Side – Led Zeppelin Um Móbile no Furacão – Paulinho Moska Os Mestres Cantores de Nuremberg – Richard Wagner Also Sprach Zarathustra – Richard Strauss Times Square. 1944 (Musical “On The Town”) – Leonard Bernstein A Sagração da Primavera – Igor Stravinsky Fênix – Ednardo Sparks – The Who

O nosso corpo define o que nós somos? Complementos: A sociologia do corpo – David Le Breton O que pode o corpo? – Café Filosófico

A privacidade ainda é um valor importante na atualidade? Complementos: Vigiar e Punir – Michel Foucault What´s on your mind? – vídeo sobre o Facebook comentado no episódio.

O que perdemos quando vivemos em uma cultura que é a mesma para todos? Complementos: Espetáculo – Marcos Ramon A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica – Walter Benjamin

O trabalho dignifica o homem? Nesse episódio eu analiso como a concepção do trabalho interfere na nossa percepção sobre nós mesmos. Complementos: Entrevista com Richard Sennett – vídeo Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem – Engels A Condição Humana – Hannah Arendt

O ser humano é provavelmente o único animal que não tem uma experiência do tempo limitada ao presente. O que isso nos permite? Complementos: O Tempo – Jorge Luis Borges Entre o passado e o futuro (trechos) – Hannah Arendt

Vivemos em uma cultura de excessos, em que falamos demais e sobre todas as coisas. Por que é tão difícil ficar em silêncio? Complementos: Tractatus Logico-Philosophicus – Ludwig Wittgenstein

Um dos males de se apreciar uma coisa é que a gente fica com vontade de se envolver com ela também através do fazer. Por exemplo, quem gosta de música provavelmente deseja aprender a tocar um instrumento e compor; quem gosta de cinema fica tentado a escrever roteiros e filmar coisas etc. Digo que isso é um mal porque às vezes a gente pode não ter talento pra coisa e acaba se frustrando e/ou passando vergonha na frente dos outros. Mas não tem jeito de descobrir isso sem fazer… Esse é o meu caso com os podcasts. Tenho escutado muitos e muitos programas e os que eu mais gosto são podcasts como Radiolab, 99% Invisible, Atrás do Front e os episódios sobre história e ciência do Nerdcast. Quer dizer, me interesso por podcasts que tem um foco mais filosófico e reflexivo e quero – sem a menor pretensão de fazer algo tão elaborado e produzido como esses podcasts que eu citei – arriscar um pouco da minha reputação fazendo um podcast sobre filosofia. Isso é o que eu tento fazer com o Ficções, sendo o episódio zero aí emb